Orphan Black - 5° Temporada | Crítica


Orphan Black – 5° Temporada
Elenco: Tatiana Maslany, Jordan Gavaris, Kevin Hanchard, Ari Millen, Kristian Bruun, Maria Doyle Kennedy, Skyler Wexler, Evelyne Brochu.
Criação: Graeme Mason, John Fawcett.
Estreia: 11 de junho de 2017

★★★★

Em 2013 a série estreava com sua premissa carregada de mistério, cinco anos depois chega o triste momento do clone clube se despedir de suas sestras com essa quinta e última temporada.

Com um enredo tão original, caminhando no território científico e mantendo se fiel a ele até o final, com mensagens de inclusão, discussões sobre o ser humano, os questionamentos para genética, o teor ético e político, Orphan Black marca a memória (ou talvez o DNA fosse mais apropriado?) da audiência que mobilizou tantos fãs.  Em plano principal a representatividade feminina de mulheres na luta pelo direito de controlar suas próprias vidas e a celebração das diferenças conduzem a importância do show.

Toda equipe de produção e pós-produção é merecedora de uma grande salva de palmas, desde sua primeira temporada a série traz seu desafiador funcionamento, todo o extremo cuidado além das técnicas envolvidas na gravação e edição das cenas só foi aumentando com o decorrer das temporadas, e a qualidade desse trabalho ficou cada vez melhor e o encerramento faz jus a toda magnitude de Orphan Black.

É impossível não admirar o grande talento da canadense Tatiana Maslany que mostrou com sua performance em Orphan Black um novo nível de atuação. É surreal o trabalho da atriz interpretando mais de 8 personagens, a forma como minuciosamente cada personagem é construído nas cenas demonstrando de forma clara a suas individualidades. Não é por menos que a atriz finalmente foi vencedora do Emmy de melhor atriz de série dramática em 2016, e assim fica a torcida para o Emmy de 2018.

As diferenças das personagens são absurdas ,que você tem que se lembrar de que é a mesma atriz. A dinâmica de grupo com a parceira de Tatiana, Kathyryn Alexandre, a qual ela divide os clones tem um desempenho tão bom que vai ser difícil abandonar. Outro destaque foi a divertida participação especial de Tom Cullen em um dos episódios dessa temporada.

O uso de flash back nessa temporada permitiu conhecermos ainda mais das cinco clones protagonistas e permitiu entender o que as tornou as personagens que são hoje. E isso possibilitou ainda mais destaque á Tatiana Maslany que chegou em um nível de mais profundidade com as personagens que interpretou nesses cinco anos.

Sempre há o perigo de que no final de uma série, ela acabe não contemplando tão bem o final, mas a series finale passou bem longe desse caminho. O enredo da história apresentou diversas reviravoltas, cenas aterrorizantes, contribuições surpreendentes de personagens inesperados, cenas emocionantes, momentos de tirar o fôlego, atando todos os fios soltos o final da série foi excelente.

Todas as peças apresentadas nas temporadas anteriores foram se encaixando e com o quebra-cabeça completado no final, a imagem que se vê é agradável aos olhos. O clube dos clones brasileiro pode dizer que foi presenteado ao saber que aqui, espalhadas no Brasil, temos quatorze sestras. Desse modo Orphan Black deixa o público ao mesmo tempo triste por estar terminando e bem por deixar as personagens onde estão.  



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