Mais uma adaptação de Stephen King chegou às telonas e dessa vez a responsa era enorme, ficou a cargo do diretor dinamarquês Nikolaj Arcel (O Amante da Rainha) de dar vida à obra mais importante do escritor, A Torre Negra.

O filme traz um elenco de peso, nomes que certamente contribuiriam de forma espetacular para qualquer longa, o temível Homem de Preto é interpretado por Matthew McConaughey (Interestelar) e Idris Elba (Luther) interpreta Roland Deschain, também conhecido como o Pistoleiro.

Porém, o filme demonstra pouco comprometimento com a fonte na qual deveria beber, a ideia de sintetizar uma mitologia e um mundo tão vasto quanto o criado por King em míseros 96 minutos não foi nem de longe bem executada.

O ritmo do filme é acelerado e não há muito tempo para que se crie uma história de fundo capaz de prender o telespectador a nenhum dos personagens na tela, eles vem e vão e mesmo os que são o eixo central do filme, não são bem explorados em momento algum, a não ser por breves citações encaixadas aparentemente de forma aleatória nos diálogos, basicamente tudo que é levantado como desenvolvimento para os protagonistas vem por meio das visões do garoto Jake Chambers (Tom Taylor).

Como destaque positivo do filme, realmente nos foi dado um espetáculo visual e as cenas de ação do personagem de Idris Elba realmente valem a pena, sendo dignas do bom cinema de ação de conhecemos.

A Torre Negra não chega a ser um filme ruim, se analisado da perspectiva de cinema pipoca, aquele mero entretenimento, mas nada maior que isso, ficando longe da proposta da obra original e ao que parece não almejando tornar-se uma franquia bem sucedida e limitando-se a se tornar apenas uma opção de final de semana ou aqueles filmes que você verá por conveniência na TV a cabo.